terça-feira, 9 de outubro de 2012

Técnica "Sem Escapatória"


 Sem Escapatória oferece condições para que o aluno tenha um comportamento ATIVO

“Quando um aluno se mostra incapaz de responder a uma pergunta, o professor deve começar com uma sequência de questionamentos à turma, que termina apenas quando esse primeiro aluno responde corretamente, mostrando que ele não poderá fugir da busca às soluções ao problema proposto.”

Alunos relutantes logo percebem que “sei lá” é a fórmula mágica para escapar do trabalho. Se o aluno conseguir provar que você não pode obrigá-lo a participar, você vai passar o ano inteiro desviando dele cuidadosamente, enquanto os outros alunos veem que o aluno faz o que ele quer e não aprende nada – uma situação em que todos perdem.
Um exemplo simples dessa técnica:

Professor
O que é importante para o capitalismo e para o socialismo?
Edinaldo
Não sei
Professor
Wellington, cite algumas características do capitalismo.
Wellington
Produção, lucro e livre concorrência.
Professor
Michelle, cite algumas características do socialismo.
Michelle
Inexistência de sociedade dividida em classes e controle do Estado.
Professor
Edinaldo, cite pelo menos uma coisa importante para capitalismo e para o socialismo.
Edinaldo
Capitalismo: Liberdade – Socialismo: Igualdade.
Professor
MB para Edinaldo!!!!
Edinaldo não tem escapatória.

O comportamento dos alunos pode ser oportunista e refratário, do tipo “não sou obrigado, então vou fazer do meu jeito mesmo”. Um número muito menor de alunos vai persistir nesse comportamento quando você tiver sido claro sobre o que espera deles. Cada vez menos alunos insistirão nesse comportamento inadequado, na medida em que você persistir.
Essa técnica lhe permite garantir que todos os seus alunos se sintam responsáveis pelo aprendizado. Ela estabelece um tom de responsabilidade estudantil, honrando e validando os alunos que sabem a resposta, ao permitir que eles ajudem seus colegas de maneira pública e positiva.
O tom Sem Escapatória na maioria das classes é surpreendentemente positivo e acadêmico. Usá-lo dá poder a você para levar todos os alunos a dar o primeiro passo, não importa quão pequeno seja. Esta técnica lembra os alunos de que você acredita na capacidade deles de aprender. E o resultado é que os alunos ouvem a si mesmos dando a resposta certa. Com isso, eles se tornam cada vez mais familiarizados com o sucesso escolar. Sem Escapatória torna esse processo normal para os estudantes que mais precisam dele.
Independentemente do equilíbrio que você consiga obter, os alunos da sua classe vão entender que, quando dizem que não sabem ou quando respondem incorretamente, há uma alta probabilidade de terem de concluir a interação demonstrando sua responsabilidade e sua habilidade para identificar a resposta correta.

Técnica "Puxe Mais"


Puxe Mais oferece condições para que o aluno tenha um comportamento ATIVO

“A sequência do aprendizado não acaba com a resposta certa; premie respostas certas com mais perguntas, que estendem o conhecimento e testam a confiabilidade das respostas. Esta técnica é especialmente importante para trabalhar com alunos que tem ritmos diferentes de aprendizagem.”
Esta técnica gera dois benefícios principais: Primeiro, ao usar Puxe Mais para verificar se o entendimento pode ser repetido, você evita a falsa conclusão de que o aluno domina a matéria sem antes eliminar a possibilidade de que a resposta certa tenha sido resultado de sorte, coincidência ou conhecimento parcial. Em segundo lugar, quando os alunos de fato dominaram partes de uma ideia, o uso de Puxe Mais permite que você lhes ofereça maneiras estimulantes de avançar, aplicando seu conhecimento em novos cenários, pensando por si mesmos e raciocinando sobre questões mais difíceis. Isso os mantém engajados e envia para a classe a seguinte mensagem: o prêmio por bom desempenho é mais conhecimento.
Ás vezes, achamos que é preciso dividir os alunos em grupos para trabalhar os diferentes ritmos de aprendizagem, dando a eles atividades diversificadas, o que nos impõe gerenciar um ambiente de grande complexidade. Neste cenário, os alunos acabam tendo liberdade tanto de comentar o último episódio de Big Brother como de discutir o conteúdo das aulas com profundidade. Fazer perguntas frequentes, focadas e rigorosas, à medida que os alunos demonstram domínio da matéria, é uma ferramenta poderosa e muito mais simples para ensinar alunos com diferentes níveis de habilidade e ritmos de aprendizagem. Talhando as perguntas sob medida para certos alunos, você pode encontrar onde está a dificuldade de cada um e ajudá-lo a superá-la de maneira adequada ao nível que ele já dominou.

Pergunte como ou por quê. O melhor jeito de testar se os alunos conseguem responder corretamente de forma consistente é saber se eles são capazes de explicar como chegaram à resposta. Cada vez mais, as provas padronizadas fazem essas perguntas explicitamente – mais uma razão para você pedir aos seus alunos que pratiquem a narrativa de seu processo de raciocínio.

Professor
Rodrigo, qual a distância de São Paulo a Blumenau?
Rodrigo
600 Km.
Professor
Como você chegou a essa distância?
Rodrigo
Eu medi três centímetros no mapa e somei 200 mais 200 mais 200.
Professor
Como você sabe que deve usar 200 quilômetros para cada centímetro?
Rodrigo
Eu olhei na escala da legenda do mapa.
Professor
MB Rodrigo!!!

Peça uma variante da resposta. Com frequência, há múltiplas maneiras de responder uma pergunta. Quando um aluno resolve o problema de um jeito, é uma grande oportunidade para garantir que ele possa usar todas as estratégias disponíveis.

Professor
Avanir, tem algum jeito mais fácil de chegar a km encontrada por Rodrigo?
Avanir
Eu podia ter multiplicado 200 por 3.
Professor
Se você fizesse isso, qual seria o resultado?
Avanir
Seiscentos.
Professor
Muito bem. Esse é um jeito melhor.

Peça uma palavra melhor. Em geral, os alunos começam a entender um conceito usando a linguagem mais simples possível. Para reforçar o desenvolvimento do vocabulário, um objetivo crucial do letramento, é preciso oferecer aos alunos oportunidades para usar palavras mais específicas e também novas palavras, com as quais estão adquirindo familiaridade.

Professor
Ceres, Por que a Sofia gritou Janice?
Ceres
Gritou porque a água estava fria quando ela mergulhou.
Professor
Dá pra usar uma palavra diferente de fria, uma palavra que mostre quão fria a água estava?
Ceres
A Sofia gritou por que a água estava gelada.
Professor
Está bem, mas que tal usar uma das palavras do vocabulário que estamos aprendendo?
Ceres
A Sofia gritou por que a água estava ice.
Professor
Very Good Ceres!

Técnica "Boa Expressão"


Boa Expressão oferece condições para que o aluno tenha um comportamento ATIVO

Não é só o que os alunos dizem que conta, mas como eles comunicam o que sabem. Para ter sucesso, os alunos devem expressar seu conhecimento na “linguagem da oportunidade”.
Na escola, o meio é a mensagem: para serem bem-sucedidos, os alunos precisam expressar seus conhecimentos de várias formas, sempre de maneira clara e eficiente, atendendo à demanda da situação ou mesmo da sociedade. O que conta não é só o que os alunos dizem, mas como eles comunicam o que sabem. A sentença completa é a arma que derruba a porta para a aprendizagem efetiva. As redações necessárias para entrar na faculdade (e todo trabalho escrito no curso superior) demandam sintaxe fluente. As entrevistas para emprego requerem concordância  entre o sujeito e o verbo. Use Boa Expressão para preparar seus alunos para o sucesso, exigindo sentenças completas e gramática proficiente sempre que puder.
Professores que entendem a importância desta técnica confiam em algumas expectativas básicas de formato:

Boa gramática. Corrigir gíria, uso de sintaxe e gramática na classe, mesmo que acredite que a divergência da norma culta é aceitável – até normal em algumas circunstâncias – ou mesmo que o uso inadequado se enquadre no dialeto do aluno. Mais precisamente, corrija mesmo que você acredite que a expressão é normal dentro do que você acha que é o dialeto do aluno. Na verdade, pode ser que você não saiba como a família ou a comunidade de um aluno falam ou o que elas veem como normal e aceitável.  E há casos de jovens que adotam dialetos ou resolvem falar de um jeito diferente de como seus pais falam ou querem que os filhos falem.
Uma das maneiras mais rápidas de ajudar os alunos é tomar a firme decisão de prepará-los para competir por empregos e por vagas nas universidades, pedindo-lhes que corrijam sua linguagem em classe.  Considerando a frequência dos erros grosseiros feitos pelos alunos e o custo potencial de permitir que esses erros persistam, encontre técnicas simples e minimamente invasivas para identificar e corrigir erros com o mínimo de distração. Assim, você pode corrigir de maneira consistente e transparente. Dois métodos muito simples são particularmente úteis:

Professor
Onde vocês estavam?
Creison
Nós estava andando no pátio.
Professor
“Nós estava andando no pátio?”
Creison
Isso.
Professor
Nós estávamos...
Creison
Isso Professor, Nós estávamos no pátio.

Linguagem audível. Não faz sentido discutir as respostas de 40 pessoas se apenas um punhado delas pode ouvir você. Se algo é tão importante que precisa ser dito em voz alta na aula, então é importante que todo mundo ouça. Senão a discussão em classe e a participação dos estudantes parecem irrelevantes, uma conversa acidental. Deixe claro que os alunos devem ouvir seus colegas, fazendo com que os colegas falem alto. Aceitar uma resposta inaudível sugere que o que o colega falou não tem muita importância.

Técnica "Deixe Claro"


Deixe Claro oferece condições para que o aluno saiba quais suas intenções




Quando seu objetivo estiver completo, Deixe Claro para todos qual é esse objetivo: escreva-o no quadro-negro todos os dias, em linguagem simples, de forma que qualquer um que chegue a classe, tanto alunos como colegas e gestores, possa identificar seu propósito nesse dia.
Escrever seu objetivo é importante para os alunos porque eles devem saber o que estão fazendo. Sabendo, vão trabalhar deliberadamente em direção à meta. Exemplo de As Bruxas de Salem, os alunos vão prestar mais atenção ao filme se souberem o que estão procurando.
Deixar o objetivo claro para observadores é importante porque eles poderão dar feedback e porque o feedback dos observadores é sempre mais útil quando a pessoa sabe o que você está tentando fazer: se, em vez de um abstrato “boa aula”, ela puder dizer que a aula foi boa porque você se aproximou (ou não) do objetivo.  É de seu interesse disciplinar seus observadores para focar naquilo que atende melhor ao seu objetivo.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Técnica "Gancho"


Gancho oferece condições para que o aluno saiba quais suas intenções

Um curto momento introdutório, que captura tudo que há de interesse e envolvente na matéria e coloca isso bem diante da classe - é uma maneira de fazer isso. Pode ser uma breve historinha, uma adivinha, uma fotografia do assunto que será discutido na aula.
O Gancho não é um plano para simplificar o material; em vez disso, ele prepara os alunos para compreenderem o conceito apresentado no nível que lhes será exigido. Não é uma aula inteira de acrobacias circenses, nem mesmo uma hora divagando ao redor de Romeu e Julieta para tornar a história “contemporânea”, mas os cinco minutos que abrirão as portas do drama elisabetano. Você pode não precisar de O Gancho para todas as aulas e não deve confundir duração no tempo com eficiência: um gancho de 10 segundos pode ser tão bom ou melhor do que um gancho de três minutos.
O que pode ser: 

  • História - Conte uma história rápida e envolvente que leve diretamente ao conteúdo. 
  • Analogia - Ofereça uma analogia interesse e útil que tenha conexão com a vida dos alunos.
  • Suporte - Você pode usar um bom adereço: uma jaqueta que o principal personagem de uma história usaria  ou um globo e uma lanterna para demonstrar a rotação da Terra.
  • Mídia -  Uma imagem ou um trecho de música ou vídeo ( muito curto) pode melhorar seu gancho. No entanto, deve ser cuidadosamente planejado para apoiar seu objetivo de aula, não para distrair dele.
  • Status - Descreva algo grandioso: as razões por que Monteiro Lobato, Camões ou Fernando Pessoa são tão apreciados.
  • Desafio - Dê aos alunos uma tarefa muito difícil e deixe-os tentar resolver.
Um bom gancho tem tipicamente as seguintes características:

  • É curto. É a introdução, não a aula toda, serve para seduzir os alunos em poucos minutos.
  • Abre a porta. Uma vez que o tom da aula foi dado, ele abre rapidamente espaço para a parte mais instrutiva da aula.
  • É dinâmico e otimista. Baseia-se, por exemplo, no que é grandioso em Camões, não no que é difícil ou assustador, a menos que isso também seja grandioso.

Técnica Circule


Circule oferece condições para que o aluno saiba quais suas intenções.

Circule é uma técnica que consiste em se mover estrategicamente pela sala durante a aula. Como profissionais, estamos sempre falando em “proximidade” – chegar perto dos alunos para reforçar seu envolvimento na aula e eliminar problemas disciplinares – mas, com frequência, os professores esperam que a proximidade funcione magicamente por si só. Há muito mais para saber sobre como se mover pela sala de aula, para além da mera proximidade:

  • Rompa a barreira. Nos primeiros cinco minutos de cada aula. Você quer deixar claro para os alunos que aquele espaço é seu e que é normal você ir a qualquer momento para aonde quiser na sala. Além disso, você deve romper a barreira antes que um problema de comportamento exija que você o faça. Isso mostrará que você vai onde quer como resultado do comportamento dos alunos. Se não fizer isso, você corre o risco de permitir que o território para além da “barreira” seja propriedade de seus alunos.
  • Acesso total. Romper a barreira não basta: você deve ter acesso total a toda a sala de aula. Você deve poder simples e naturalmente colocar-se ao lado de qualquer aluno e deve poder chegar a qualquer lugar da sala com facilidade, sem interromper a aula. Este é o único jeito de apropriar-se do espaço físico. Se você tiver de dizer “com licença” para circundar cadeiras, mochilas e carteiras para chegar ao fundo da sala, você estará pedindo autorização aos seus alunos para ocupar aquele espaço. Isso significa que o espaço é deles, não seu. E esse é um preço que nenhum professor pode pagar. Ache um lugar melhor para as mochilas do que atrás das cadeiras.
  • Intervenha quando circular. Não basta só estar lá; você tem que trabalhar a sala. Não há nada mais embaraçoso do que um professor caminhando na direção de um aluno, com a esperança de cessar um certo comportamento, e se dar conta, ao chegar lá, que a simples proximidade não bastou. Interações privativas e em voz baixa com alguns alunos, enquanto você circula pela sala, darão espaço para você responder a este problema de mau comportamento.

Técnica "Entendeu?"


Técnica  Entendeu? oferece condições para que o aluno saiba quais suas intenções

Bons motoristas olham para os espelhos retrovisores a cada cinco segundos. Eles precisam saber o que está acontecendo ao redor deles o tempo todo, porque esperar até que um acidente aconteça para indicar o que estão fazendo de errado ao volante pode custar caro. Como professor, você deve pensar da mesma forma, buscando oportunidades constantes de avaliar o que seus alunos são capazes de fazer enquanto você ensina e usando esse conhecimento para informar o seu trabalho em sala de aula. Esperar pelo seu fracasso acidental para descobrir que algo deu errado significa pagar um preço demasiado alto pelo conhecimento.

Entendeu?: coletar dados e intervir a partir deles.

·   Coletar Dados - Para ser eficiente, esta técnica exige coletar dados constantemente e agir imediatamente a partir dos resultados da análise desses dados. A segunda parte (agir imediatamente) é mais difícil de fazer e tão importante quanto a primeira. Aqui estão várias outras ações que você pode adotar em resposta a dados que revelem que o domínio do conteúdo por parte dos alunos está incompleto:


  •     Ensine de novo, usando uma abordagem diferente.
  •     Ensine de novo, identificando a etapa problemática: “Acho que o ponto complicado é quando a divisão não é exata, então vamos trabalhar nisto um pouco mais”.
  •    Ensine de novo, identificando e explicando os termos difíceis: “Acho que estamos com problemas com o termo denominador, não?”
  •     Ensine de novo, a um ritmo mais lento: “Vamos ler esta lista de palavras de novo. Vou ler bem devagarzinho e gostaria que prestassem muita atenção na minha pronúncia do som do r. Depois vou pedir a vocês que...”
  •    Ensine de novo, identificando os alunos mais preocupantes: “Agora vamos trabalhar nos livros, mas eu quero que uns dois ou três venham trabalhar comigo aqui na frente. Se eu disser seu nome, traga seu livro para cá”.
  •   Ensine de novo, usando mais repetições: “Parece que já estamos conseguindo identificar os gêneros, mas vamos praticar um pouco mais. Eu vou ler para vocês duas frases de 10 histórias imaginárias. Para cada uma, escreva o gênero a que você acha que ela pertence e uma razão para a sua resposta”.

Técnica "Mais Uma Vez"


Essa técnica oferece condições para que o aluno saiba quais suas intenções

Muitos anos atrás, em uma escola em que eu dava aula, mandaram-me treinar um time de beisebol, um esporte que eu só jogava de vez em quando. Senti-me desqualificado para treinar. Mas o amigo de um amigo era um mestre como treinador de beisebol e durante um café ele me ensinou a organizar minhas práticas. Seu melhor conselho foi simples e duradouro e é a chave para a técnica Mais uma vez: “Ensine a eles o básico de como bater na bola e depois faça-os bater nela o máximo de tempo que puder. Prática e mais prática, tacada após tacada após tacada: maximize o número de vezes que eles praticam. Deixe-os bater na bola uma vez atrás da outra até que eles possam dar a tacada até dormindo. Essa é a chave. Não mude isso. Não invente moda. Faça-os fazer a mesma coisa de novo e de novo”. Afinal entendi: fazer de novo era a chave para aprender a bater na bola em beisebol.
Ás vezes, as verdades óbvias são as melhores. De fato, esta verdade é reafirmada pelos dados em quase todos os campos e em toda situação. Quer saber qual é o fator que melhor prevê a qualidade de um cirurgião? Não é a reputação dele, não é a faculdade onde se formou, nem mesmo quão inteligente ele é. A melhor maneira de prever sua qualidade é descobrir quantas cirurgias de um certo tipo ele já fez. É a memória muscular. É a repetição. É Mais uma vez – para cirurgias complexas, para bater a bola de beisebol, resolver problemas de matemática, escrever corretamente. A repetição é a chave para um cirurgião não apenas porque significa que ele vai fazer tudo certo se as coisas correrem normalmente, mas também porque, se as coisas derem errado, ele terá o máximo de poder cerebral livre para resolver o problema na hora. E, se é verdade que as pessoas aprendem uma nova habilidade na décima ou vigésima vez que a praticam (nunca na primeira vez), então é importante incluir isso nas suas aulas. A gente ensina até a parte onde os alunos parecem ter percebido a nova habilidade e para. Eles tentam uma vez e dizemos: “Muito bem, você entendeu!”. Ou pior: “Agora estamos sem tempo. Tente fazer em casa e vê se aprende direitinho!”.

Técnica Arremate


Técnica Arremate oferece condições para que o aluno saiba quais suas intenções


Termine sua aula com um Mais uma vez final, uma única pergunta ou talvez uma curta sequencia de problemas para resolver no fim da aula. Ao recolher isso dos alunos e fazer a triagem dos dados, o resultado é o Arremate. Não apenas esta técnica vai estabelecer uma expectativa produtiva sobre o trabalho completado pelos alunos ao dia, como também vai garantir que você sempre Entendeu? de forma a prover-se com dados sólidos e, portanto, percepções cruciais. Qual a porcentagem dos seus alunos que respondeu certo? Quais os erros mais frequentes? Ao olhar para esses erros, por que foram cometidos? O que, na sua aula, pode ter levado a essa confusão? Você saberá não apenas como melhorar a próxima aula, mas também não viverá tateando no escuro. Você saberá quão eficiente foi sua aula de acordo com a medida do aprendizado dos alunos, e não de acordo com o que você acha que fez direito.
Algumas ideias eficientes para Arremate:
São rápidos: uma a três perguntas. Não é um teste de uma unidade temática completa. Você só quer ter uma boa ideia de como seus alunos absorveram o conceito central de seu objetivo de aula e fazer 10 minutos de análise do resultado.
São projetados para gerar dados. Significa que as perguntas são simples e se concentram em uma parte fundamental do objetivo. Assim, se os alunos entenderam mal, você saberá por quê.