As técnicas que vamos
abordar agora fazem parte de um processo de construção de uma cultura em sala
de aula, onde os alunos se dediquem e aprendam hábitos de trabalho intelectual,
que os tire da inércia e passividade.
Para tanto usaremos
as pesquisas da Fundação Lemman, Revista Profissão Mestre e Aula Nota 10 de Doug Lemov.
"A missão do professor não é dar respostas prontas. As respostas estão nos livros, estão na Internet. A missão do professor é provocar a inteligência, o espanto e a curiosidade. Rubem Alves" |
Cultura Escolar
A cultura escolar aqui mencionada é similar a cultura organizacional, que se distingue do clima organizacional, conforme quadro abaixo:
Cultura Escolar Etec de Itanhaém
Em reunião pedagógica no dia 22/07/2013, realizamos uma dinâmica para verificar o que pensam professores sobre a personalidade da escola, conforme segue abaixo:
Na
Etec
de Itanhaém os alunos geralmente são...
|
Para
ter um ambiente escolar agradável
e
organizado precisamos...
|
Como
professor da Etec
de Itanhaém eu me sinto...
|
A
Etec
de Itanhaém é uma escola...
|
Como Construir Cultura Escolar Forte
Para Doug Lemov construir uma
Cultura Escolar Forte 5 aspectos caminham juntos:
Disciplina, Gestão, Controle,
Influência e Engajamento
• Disciplina: processo de ensinar
alguém a maneira certa de fazer alguma coisa, ou estado de ser capaz de fazer
alguma coisa certa.
• Gestão: processo de reforçar
comportamento por meio de consequências, levando-os progressivamente a fazer as
coisas independentemente das consequências.
• Controle: é a capacidade de
levar alguém a fazer o que você pede.
• Influência: é inspirá-los a
acreditar, a querer dar certo e a querer estudar por razões intrínsecas às
tarefas propostas (internalizar).
• Engajamento: manter seus alunos
positivamente engajados não apenas para eliminar as oportunidades para fazer
bagunça, mas porque eles começam a pensar sobre si mesmos como alguém
positivamente engajado.
Técnica Todos juntos
Quando implementado de forma eficaz. Todos juntos engaja todos os alunos de uma vez só, em uma atividade animada, dinâmica e motivadora, que energiza a turma. É extremamente útil como parte de uma estratégia mais abrangente de envolvimento dos alunos e ainda tem efeitos colaterais bastante positivos na disciplina da turma.
Cria o hábito de seguir comandos de maneira sutil, mas poderosa. Quando participam da técnica Todos juntos, os alunos adquirem o hábito de fazer o que o professor pede, uma vez atrás da outra, sem nem se darem conta de que estão praticando essa habilidade. Mas Todos juntos tem riscos e aspectos negativos que todo professor precisa saber: Permite a carona. Se eu não sei a resposta ou não quero participar, posso simplesmente mover os lábios e fingir. Se você está preocupado com esses caroneiros, pense em acrescentar um gesto à resposta, o que lhe permitirá testar a participação tanto de forma auditiva como visual.
Não permite um teste eficaz da compreensão. Com toda a excitação de muitos alunos respondendo corretamente, aqueles que estão perdidos podem se esconder facilmente, apenas movendo os lábios ou olhando seus pares e aderindo na segunda ou terceira vez.
Só reforça a cultura disciplinar da sua aula se for firme e claro. Se os alunos perceberem que podem usar as respostas para testar suas expectativas arrastando as respostas, respondendo de um jeito bobo ou alto demais ou respondendo fora de sincronia – eles vão fazer isso. Portanto, você tem de priorizar uma execução perfeita do coro. Se você receber qualquer das respostas listadas acima, você deve corrigi-los de forma energética e positiva, dizendo algo assim: “Gosto da sua energia, mas preciso ouvir a resposta certa na hora da deixa. Vamos tentar de novo”.
Quando implementado de forma eficaz. Todos juntos engaja todos os alunos de uma vez só, em uma atividade animada, dinâmica e motivadora, que energiza a turma. É extremamente útil como parte de uma estratégia mais abrangente de envolvimento dos alunos e ainda tem efeitos colaterais bastante positivos na disciplina da turma.
Cria o hábito de seguir comandos de maneira sutil, mas poderosa. Quando participam da técnica Todos juntos, os alunos adquirem o hábito de fazer o que o professor pede, uma vez atrás da outra, sem nem se darem conta de que estão praticando essa habilidade. Mas Todos juntos tem riscos e aspectos negativos que todo professor precisa saber: Permite a carona. Se eu não sei a resposta ou não quero participar, posso simplesmente mover os lábios e fingir. Se você está preocupado com esses caroneiros, pense em acrescentar um gesto à resposta, o que lhe permitirá testar a participação tanto de forma auditiva como visual.
Não permite um teste eficaz da compreensão. Com toda a excitação de muitos alunos respondendo corretamente, aqueles que estão perdidos podem se esconder facilmente, apenas movendo os lábios ou olhando seus pares e aderindo na segunda ou terceira vez.
Só reforça a cultura disciplinar da sua aula se for firme e claro. Se os alunos perceberem que podem usar as respostas para testar suas expectativas arrastando as respostas, respondendo de um jeito bobo ou alto demais ou respondendo fora de sincronia – eles vão fazer isso. Portanto, você tem de priorizar uma execução perfeita do coro. Se você receber qualquer das respostas listadas acima, você deve corrigi-los de forma energética e positiva, dizendo algo assim: “Gosto da sua energia, mas preciso ouvir a resposta certa na hora da deixa. Vamos tentar de novo”.
Técnica Elogio preciso
O reforço positivo é uma das
ferramentas mais poderosas em qualquer sala de aula. Muitos especialistas dizem
que ele deve aparecer três vezes mais que a crítica ou a correção. Contudo,
toda ferramenta poderosa pode ser usada de maneira pobre ou insignificante. E
com o reforço positivo não é diferente. Ao usar o reforço positivo, siga estas
regras básicas do Elogio Preciso:
- Diferencie
reconhecimento e elogio. Professores exemplares fazem uma distinção
cuidadosa e intencional entre elogio e reconhecimento. Reconhecimento é quando
as expectativas foram alcançadas e elogio é quando foram superadas.
- Elogie (e
reconheça) bem alto; corrija baixinho. Críticas ou lembretes sussurrados ou não verbais
presumem o melhor a respeito dos alunos: permitem que corrijam a si mesmos, sem
exposição pública. O que é também benéfico para o professor, mesmo quando o
comportamento é nitidamente desafiador, porque mantém o aluno fora do centro das
atenções e demonstra que é o professor que tem o controle da situação. Mas as
boas notícias devem sempre ser públicas, tão públicas quanto possível.
- O elogio deve ser
genuíno. Na escola, os alunos aprendem desde cedo a ouvir e descartar falsos
elogios. De fato, o livro Porque algumas
pessoas fazem sucesso e outras não, da psicóloga social Carol Dwech, da
Universidade Stanford, mostra que os alunos geralmente entendem o elogio como
sinal de que seus trabalhos não atingiram as expectativas, o que sugere uma
epidemia de falsos elogios a ser corrigida. Os falsos elogios mais comuns são
aqueles destinados a reforçar artificialmente a autoestima e os produzidos na
interação com o aluno para corrigir um problema sistemático de falta de
controle do professor.
Técnica Bate Rebate
O professor “lança” perguntas rapidamente para um grupo de alunos e eles respondem. Normalmente, o professor não reduz a velocidade para discutir uma resposta: se estiver certo, ele simplesmente faz outra pergunta a outro aluno. Se a resposta estiver errada, ele faz a mesma pergunta a outro aluno ou, às vezes, ao mesmo aluno. O importante é não parar. Isso é Bate-rebate: uma revisão dos fundamentos muito rápida, imprevisível (você nunca sabe que vai receber a bola), com muitas oportunidades de participação em rápida sucessão.
Bate-rebate é um grande aquecimento. Muitos professores a incluem logo no início da aula, como parte do treino oral diário, mas ela também é eficaz como um interlúdio para animar a turma ou como a parte dinâmica de uma revisão, talvez um arremate antes da avaliação. É perfeita para preencher de um jeito divertido, produtivo e envolvente os 10 minutos finais da aula.
- Sorteio. Uma marca registrada da técnica Bate-rebate é a sua imprevisibilidade: ninguém sabe quem responderá a próxima pergunta. Muitos professores vão além e usam dispositivos para aprofundar essa característica aleatória. O método mais comum é com os palitos de picolé, cada um com o nome de um aluno; ao longo do jogo, eles são retirados um a um de uma lata. Mas há outras variações, a geração de números aleatórios por um laptop. Nesse sistema, os professores estão, na maioria dos casos, dependendo da alocação aleatória de participação. Quer os alunos reconheçam isso, quer não, um professor que sorteia palitos de picolé conserva sua habilidade de distribuir as perguntas como quiser. O conselho de um professor explica o que eu quero dizer: “Lembre-se, só você sabe o nome escrito no palito!” Você pode tirar o palito do João e chamar a Suzana. Sortear palitos também tem a desvantagem de demorar tanto tempo quanto o necessário para fazer uma pergunta: reduz pela metade a sua velocidade.
EM AÇÃO
Cara a cara. O professor pede a dois alunos que se levantem para responder a uma pergunta. O aluno que der primeiro a resposta certa continua em pé para competir com o próximo aluno. Embora abra mão da imprevisibilidade, esta técnica ganha os benefícios da competição amigável. Ao usar esta variação da técnica, enfatize os mesmo aspectos da versão convencional: ritmo acelerado, perguntas curtas e simples sobre os fundamentos e pouco envolvimento com as respostas erradas. A competição torna fácil envolver-se em discussões e até arbitrar o certo e o errado. (“Mas eu disse isso”).
Os melhores professores simplesmente continuam e não se envolvem nessas distrações. Senão haverá muita conversa sobre o jogo e pouco jogo propriamente dito.
Sente-se. Esta variação geralmente usada no início da aula, começa com todos os alunos em pé, recebendo rápidas perguntas sucessivas do professor. Os alunos “ganham seus assentos” (podem sentar-se) ao responder corretamente. O professor não discute a resposta, exceto para sinalizar com um gesto que o estudante já pode se sentar. Também pode ser jogado ao contrário, começando com os alunos sentados, para determinar a ordem de saída da classe para o lanche, por exemplo.
O professor “lança” perguntas rapidamente para um grupo de alunos e eles respondem. Normalmente, o professor não reduz a velocidade para discutir uma resposta: se estiver certo, ele simplesmente faz outra pergunta a outro aluno. Se a resposta estiver errada, ele faz a mesma pergunta a outro aluno ou, às vezes, ao mesmo aluno. O importante é não parar. Isso é Bate-rebate: uma revisão dos fundamentos muito rápida, imprevisível (você nunca sabe que vai receber a bola), com muitas oportunidades de participação em rápida sucessão.
Bate-rebate é um grande aquecimento. Muitos professores a incluem logo no início da aula, como parte do treino oral diário, mas ela também é eficaz como um interlúdio para animar a turma ou como a parte dinâmica de uma revisão, talvez um arremate antes da avaliação. É perfeita para preencher de um jeito divertido, produtivo e envolvente os 10 minutos finais da aula.
- Sorteio. Uma marca registrada da técnica Bate-rebate é a sua imprevisibilidade: ninguém sabe quem responderá a próxima pergunta. Muitos professores vão além e usam dispositivos para aprofundar essa característica aleatória. O método mais comum é com os palitos de picolé, cada um com o nome de um aluno; ao longo do jogo, eles são retirados um a um de uma lata. Mas há outras variações, a geração de números aleatórios por um laptop. Nesse sistema, os professores estão, na maioria dos casos, dependendo da alocação aleatória de participação. Quer os alunos reconheçam isso, quer não, um professor que sorteia palitos de picolé conserva sua habilidade de distribuir as perguntas como quiser. O conselho de um professor explica o que eu quero dizer: “Lembre-se, só você sabe o nome escrito no palito!” Você pode tirar o palito do João e chamar a Suzana. Sortear palitos também tem a desvantagem de demorar tanto tempo quanto o necessário para fazer uma pergunta: reduz pela metade a sua velocidade.
EM AÇÃO
Cara a cara. O professor pede a dois alunos que se levantem para responder a uma pergunta. O aluno que der primeiro a resposta certa continua em pé para competir com o próximo aluno. Embora abra mão da imprevisibilidade, esta técnica ganha os benefícios da competição amigável. Ao usar esta variação da técnica, enfatize os mesmo aspectos da versão convencional: ritmo acelerado, perguntas curtas e simples sobre os fundamentos e pouco envolvimento com as respostas erradas. A competição torna fácil envolver-se em discussões e até arbitrar o certo e o errado. (“Mas eu disse isso”).
Os melhores professores simplesmente continuam e não se envolvem nessas distrações. Senão haverá muita conversa sobre o jogo e pouco jogo propriamente dito.
Sente-se. Esta variação geralmente usada no início da aula, começa com todos os alunos em pé, recebendo rápidas perguntas sucessivas do professor. Os alunos “ganham seus assentos” (podem sentar-se) ao responder corretamente. O professor não discute a resposta, exceto para sinalizar com um gesto que o estudante já pode se sentar. Também pode ser jogado ao contrário, começando com os alunos sentados, para determinar a ordem de saída da classe para o lanche, por exemplo.
Como Bate-rebate trata de velocidade, raramente haverá professores
procurando para discutir e analisar uma resposta errada. Podem pedir a outros
alunos para corrigir os que erraram, mas a meta é quase sempre manter o ritmo
acelerado.
Técnica Tempo de espera
Os desafios e as limitações impostos por esse hábito são significativos. As respostas obtidas depois de menos de um segundo de reflexão dificilmente serão as mais ricas, as mais pensadas ou as melhor desenvolvidas que seus alunos podem produzir. Quando se dá só um segundo de tempo, encoraja-se sistematicamente os alunos a levantar a mão com a primeira e não a melhor resposta que lhes vier à cabeça, se quiserem ter uma chance razoável de participar. Na ausência do tempo de espera, é mais provável que você vá perder muito tempo processando respostas pobres antes de chegar a uma boa resposta. Ironicamente, com a espera, você garante o uso do seu tempo em respostas iniciais de alta qualidade e isso, no fim, vai poupar-lhe tempo.
A mente trabalha rápido e a quantidade de tempo necessária para melhorar a qualidade das respostas pode ser pequena. Algumas pesquisas demonstraram que, quando os alunos recebem de três a cinco segundos de tempo de espera depois da pergunta, aumenta a probabilidade de acontecer coisas importantes como:
Os desafios e as limitações impostos por esse hábito são significativos. As respostas obtidas depois de menos de um segundo de reflexão dificilmente serão as mais ricas, as mais pensadas ou as melhor desenvolvidas que seus alunos podem produzir. Quando se dá só um segundo de tempo, encoraja-se sistematicamente os alunos a levantar a mão com a primeira e não a melhor resposta que lhes vier à cabeça, se quiserem ter uma chance razoável de participar. Na ausência do tempo de espera, é mais provável que você vá perder muito tempo processando respostas pobres antes de chegar a uma boa resposta. Ironicamente, com a espera, você garante o uso do seu tempo em respostas iniciais de alta qualidade e isso, no fim, vai poupar-lhe tempo.
A mente trabalha rápido e a quantidade de tempo necessária para melhorar a qualidade das respostas pode ser pequena. Algumas pesquisas demonstraram que, quando os alunos recebem de três a cinco segundos de tempo de espera depois da pergunta, aumenta a probabilidade de acontecer coisas importantes como:
·
Aumento da extensão e da exatidão das
respostas.
·
Menor número de recusas em responder (os que
dizem “eu não sei”).
·
Aumento do número de alunos voluntários para
responder.
·
Aumento do uso de evidências nas respostas.
Mas
esperar não é tão simples assim. Não basta uma mera pausa ou contar até três
mentalmente. É possível que não fique claro como responder diante do tempo de
espera, sobretudo se os alunos não têm vivência de escolas nas quais se espera
e se ensina a eles uma reflexão rigorosa ou escolas nas quais o comportamento
esperado para preencher o tempo entre a pergunta e a resposta seja o da
reflexão, não o da participação imediata e impulsiva.
No
seu processo de treinar e acostumar seus alunos a adquirir bons hábitos de
estudo para que adquiram os comportamentos que levam ao sucesso escolar, você
deve considerar a possibilidade de aprimorar seu uso de Tempo de espera narrado tornam a técnica mais direta e produtiva ou
seja, aumentam a probabilidade de resultados positivos. Eles orientam seus
alunos para aproveitar o tempo de espera de maneira produtiva, explicando-lhes
tacitamente por que os alunos estão esperando. Por exemplo:
1. “Estou
esperando por mais mãos levantadas.”
2. “Gostaria
de ver pelo menos 15 mãos levantadas antes de ouvirmos uma resposta.”
3. “Eu
vou dar um monte de tempo a vocês todos, porque esta pergunta é difícil. Sua
primeira resposta pode não ser a melhor.”
4. “Eu
estou vendo gente pensando muito e fazendo anotações. Vou dar uns poucos
segundos a mais para todo mundo fazer isso.”
5. “Eu
estou vendo gente folheando o capítulo, em busca desta cena. Parece uma ideia
muito boa.”
6. “Estou
procurando alguém que possa mostrar o lugar exato da passagem onde está a
resposta.”
7. “Vou
começar a ouvir as respostas daqui a 10 segundos.”
8. “Agora,
sim, estou começando a ver mais mãos levantadas. Quatro, cinco, sete. Muito
bem. Vejo que vocês estão perdendo o medo de se arriscar.”
Técnica Todo mundo escreve
Ponha
seus alunos na trilha do argumento rigoroso, dando a eles a oportunidade de
pensar primeiro por escrito, antes de discutir. Como diz a autora Joan Didion,
“escrevendo para saber o que penso”.
Professores
eficazes também conduzem seus alunos a discussões rigorosas, que chegam a
conclusões rigorosas, ao dar a eles a oportunidade de pensar por escrito antes
do debate. Esta é a lógica por trás de Todo
mundo escreve, uma técnica em que o professor pede aos alunos que eles se
preparem para argumentar e debater de forma mais rigorosa, pondo, por um breve
período, suas ideias no papel.
De
maneira mais abrangente, a maioria dos debates em classe é estruturada,
erroneamente, ao redor da falsa premissa de que as primeiras ideias a surgir ou
os primeiros alunos a levantar a mão serão os principais responsáveis por uma
conversa produtiva: faça uma pergunta, escolha uma das mãos levantadas. Mas a
primeira resposta nem sempre é a melhor. Alguns alunos precisam de tempo para
gerar boas ideias ou para acreditar o suficiente em suas próprias ideias, a
ponto de desejar compartilhá-las. Até os alunos cujo as mãos levantam
automaticamente vão se beneficiar de alguns momentos de reflexão e suas ideias
serão melhores.
Há
pelo menos seis vantagens no uso da técnica Todo
mundo escreve:
1. Muitas
vezes, a técnica permite escolher a resposta mais eficaz para começar a
discussão, pois você pode circular pela sala e ler as respostas dos alunos
enquanto eles escrevem.
2. Permite
que você chame qualquer aluno de surpresa, simples e naturalmente, já que você
sabe que todo mundo está preparado e, para iniciar o debate, pode simplesmente
perguntar: “Sobre o que você escreveu?”.
3. Permite
que você dê a todos os alunos, não apenas àqueles que levantam a mão mais
depressa, uma chance para participar da conversa.
4. Escrever
refina os pensamentos, um processo que desafia intelectualmente os alunos,
engaja-os e melhora a qualidade de suas ideias e sua redação.
5. Você
estabelece padrões e conduz os alunos em uma direção que considera
especialmente produtiva. Por exemplo: Pode pedir que escrevam uma sentença
definindo a palavra imperceptível, mas pedir também que deixem claro que é
diferente de invisível. Ou pode pedir que descrevam o que os Capuletos pensam
dos Montecchios em Romeu e Julieta,
mas, para entender a intensidade do ódio, que escrevam as respostas com as
palavras que um membro da família Capuleto usaria.
6. Se
escreverem o que aprendem, os alunos lembram duas vezes mais conteúdo.
Com todas estas vantagens do escrever, vale a pena
aproveitar toda oportunidade para pedir aos seus alunos que escrevam, não
apenas para melhorar a redação deles, mas também para provocar reflexão,
contribuindo para os debates em momentos importantes da aula.
Técnica Faça de novo
Muita pratica ajuda os alunos a melhorar seu desempenho. Mais prática é a resposta perfeita quando eles estão muito lentos em uma determinada tarefa. Essa é a ideia por trás de Faça de novo.
Faça de novo é especialmente eficiente por sete razões:
Muita pratica ajuda os alunos a melhorar seu desempenho. Mais prática é a resposta perfeita quando eles estão muito lentos em uma determinada tarefa. Essa é a ideia por trás de Faça de novo.
Faça de novo é especialmente eficiente por sete razões:
1.
Encurta
o tempo de resposta. A ciência do comportamento já demonstrou que
quanto mais curto o tempo entre a ação e a resposta, mais eficaz será esta
resposta para mudar o comportamento. Fazer a turma ficar em sala durante o
intervalo, três horas depois da ação que gerou essa sanção é um gesto que tem
menor probabilidade de criar um desincentivo para o mau comportamento do que
uma resposta que ocorra imediatamente depois da ação mesmo que seja uma
resposta mais leve. Se a reação vem imediatamente depois, enquanto a ação
original ainda esta clara na mente do aluno, os dois serão mais profundamente
associados na memoria dele. Fazer de novo encurta o tempo de resposta mais do
que qualquer outra sanção.
2.
Estabelece
um padrão de excelência, não apenas de observância. Faça de novo não
é adequado apenas para quando os alunos não fazem alguma coisa ou fazem errado:
é ideal para quando os alunos fazem algo aceitável, mas que podia ser muito
melhor. Dizer “Esta bom, mas eu quero melhor ainda” ou “Nesta sala de aula, nós
fazemos tudo da melhor maneira que podemos, inclusive a fila” permite ao
professor estabelecer um padrão de
excelência, onde “bom” pode ser “melhor” e “melhor” pode sempre tentar ser “o
melhor”. Na melhor das hipóteses, esta técnica ajuda a construir sua cultura
acadêmica ao substituir o aceitável pelo excelente, primeiro nas pequenas
coisas e depois em todas as coisas.
3.
Não
há burocracia. Faça de novo é uma sanção que não requer preencher
nenhum formulário, nem telefonar para os pais, sem informar os gestores da
escola. A sanção acaba assim que o objetivo é atingido. Na vida de um professor
ocupado, isto é uma benção. E como não requer adotar uma politica oficial de
sanção ou um sistema escolar de premiação, Faça
de novo é quase completamente independente. Pode ser usado em qualquer sala
de aula.
4.
Cria
uma responsabilidade de grupo. Embora seja fácil pedir a
indivíduos que façam de novo, a técnica é especialmente eficiente como sanção
de grupo. Um ou dois alunos conversam enquanto a turma esta entrando em fila e
todo mundo tem de fazer de novo. Assim, o grupo é responsabilizado pelo
comportamento de todos os seus indivíduos a se comportarem positivamente, já
que estarão respondendo a seus colegas, não apenas ao professor.
5.
Acaba
em sucesso. A última coisa que você lembra de um evento vai definir, de maneira geral, sua
percepção desse evento. Faça de novo
não acaba em sanção ou fracasso, mas em sucesso. A última coisa que os alunos
fazem em uma sequência é executar direito uma certa atividade. Isso ajuda a
reforçar a memoria e a percepção do que significa “certo”. Fazendo certo, de
novo e de novo, os alunos constroem o habito de fazer certo.
6.
Há
consequências lógicas. Sanções ideais são as que se relacionam
logicamente ao comportamento que as precede. A ideia é de que esta conexão
ajuda os alunos a entender o que fizeram de errado e o que se espera deles, em
termos de fazer melhor ou de forma diferente. Uma sanção que envolve fazer fila
de novo e desta vez, corretamente, está logicamente mais relacionada com a
falha do aluno ao entrar na fila do que a sanção de ficar em sala durante o
intervalo.
7. É reutilizável. Faça de novo pode
ser reutilizado. Você pode fazer de novo e, em outro momento, usar a mesma
técnica novamente. E pode fazer a mesma coisa de novo 10 minutos mais tarde.
Usada razoavelmente, esta técnica não perde sua eficiência. Você não precisa
ficar inventando novas punições. Você pode ser positivo na administração de uma
terceira consequência: “Acho que podemos fazer ainda melhor. Vamos tentar de
novo!” Use um cronômetro para algumas rotinas e o desafio do Faça de novo torna-se ainda mais
poderoso.