Blog de Avaliação:
Alguns Instrumentos de Avaliação: Projetos |
O objetivo do ensino por
projetos é conectar o conhecimento escolar com o saber social, um ótimo
instrumento para nosso público-alvo, já que trazem uma experiência social
valiosa e que deve ser explorada.
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Neste
conceito, o aluno entende o valor da aprendizagem e cria um vínculo com a
rotina da escola.
Todo projeto nasce de uma boa
questão, que transcende as disciplinas escolares e até os limites do espaço
físico da escola. Alguns aspectos determinam uma boa questão: um deles de que
é necessário que ela seja construída, coletivamente, por professores e
alunos.
A ideia central da pedagogia de
projetos é articular os saberes escolares com os saberes sociais, de maneira
que, ao estudar, o aluno não sinta que está aprendendo algo abstrato e
fragmentado. Ele compreende o valor do que aprende.
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O
professor planeja as ações concretas e reais de um projeto, por exemplo,
melhorar finanças domésticas, diminuir o desperdício de água na escola, criar
um jornal, inventar um produto, etc.
Os conteúdos não se tornam
atomizados, estanques, mas se estruturam de maneira relacionada e
coordenam-se ao redor do eixo de um problema a resolver. Rompe-se com a
imposição de conteúdos de forma rígida e preestabelecida, incorporando-os, na
medida em que se constituem parte fundamental para o desenvolvimento do
projeto.
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Por
meio dos projetos, o aluno enfrenta situações-problema para serem estudadas
de maneira sistematizada e para que, por meio delas, consiga aprender.
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Um
projeto que enriqueça a rotina de uma escola faz com que o aluno assuma um
compromisso com a escola. Quando ele percebe que é um agente que participa
das decisões, sente-se valorizado, com a autoestima elevada e um sentimento
de pertencer ao grupo escolar.
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Como preparar essa técnica para alunos do PROEJA?
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1. Identifique
um problema;
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2. Levante
hipóteses;
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3. Peça
sugestões de soluções;
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4. Verifique a
viabilidade do projeto;
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5. Comunique e
negocie com a coordenação e direção sobre a elaboração (é muito importante
que todos os envolvidos saibam o que está acontecendo);
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6. Documente e
registre as etapas do processo;
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7. Publique e
divulgue os resultados (motivação).
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Como avaliar?
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Participação;
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·
Organização;
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·
Criatividade;
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·
Viabilidade.
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Exemplo de Roteiro de autoavaliação para aluno
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- Em que fontes você se baseou para
elaborar o projeto?
- Descreva os principais problemas
que encontrou ao desenvolver esse projeto.
- Descreva os aspectos positivos que
encontrou ao desenvolver esse projeto.
- Descreva e analise o impacto que o
projeto teve no contexto no qual ele foi desenvolvido.
- Escreva algumas palavras que
representam sentimentos que teve ao desenvolver o projeto.
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Debate
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Permite ao
aluno valorizar o trabalho em grupo, percebendo como a discussão e as
experiências de todos são mais ricas do que uma só pessoa.
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Há
alguns pressupostos básicos para o funcionamento dessa técnica:
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O professor deve dominar bem o assunto sobre o
qual se dará o debate;
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O tema indicado pelo professor deverá ser
preparado pelos participantes do debate com leituras, pesquisas anteriores e
vídeos, trazendo o material preparado para a discussão;
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·
O professor deverá garantir a participação de
todos, evitando o monopólio das intervenções por parte de alguns apenas.
Todos deverão ter oportunidade para fazer uso da palavra. Inclusive o próprio
professor precisará se policiar para não interferir a todo instante e com
grande tempo de manifestação, mesmo que seja para resolver mais rapidamente a
questão apresentada. Esse comportamento pode comprometer os objetivos da
própria estratégia.
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Como preparar essa técnica para alunos do PROEJA?
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Começar essa técnica com:
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1. Deixe muito
claro que os alunos devem respeitar a opinião de todos e que cabe a você a
ponderação dos comentários;
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2. Informe os
critérios de avaliação;
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3. Explique
para os alunos que em um debate, todos tem que ter a chance de falar, e que
para isso acontecer, não se deve prolongar muito seus argumentos. E que é
importante a manifestação de todos, sem medo de julgamentos;
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4. Escolha
temas do dia-a-dia, rotineiros, que sejam relacionados com a região, ou com
uma realidade próxima;
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5. Leve um
recorde de uma reportagem de jornal, revista, um pequeno vídeo de reportagem
sobre o assunto;
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6. Comece com
um questionamento brando, que tenha uma certa lógica na resposta, para que os
alunos sintam-se a vontade para iniciar seus argumentos;
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7. Aumente
gradativamente a profundidade do assunto, sempre avaliando se será possível
essa evolução;
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8. Não
interrompa os alunos, nem os reprimem, caso haja algum comentário incorreto,
anote e deixe para relatar nas considerações finais, sem apontar quem foi que
o fez;
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9. Lembre-se
que em se tratando de opinião, não existe uma resposta certa ou errada;
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10. Incentive e
elogie as colocações, com simpatia e sinceridade.
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Como avaliar?
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Se o objetivo principal desta
técnica for permitir ao aluno expressar-se em público, avalie se o aluno:
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Apresentou suas idéias, reflexões, experiências;
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·
Se ele soube ouvir os outros (não interrompeu,
nem repetiu o que outro colega já abordou, sem acréscimos);
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·
Se ele respeitou a opinião distinta da dele;
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·
Argumentou quando questionado;
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·
Defendeu suas próprias posições com coerência e
respeitosamente;
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·
Não perdeu o foco do assunto.
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Feedback
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Após a finalização, pergunte aos
alunos como eles se sentiram, peça para que alguns relatem o que aprenderam,
comente os pontos positivos do debate e o que poderia ser melhorado.
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Estudo
de Caso
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Os
casos são elementos desencadeados de um processo de pensar, estimulando a
dúvida, a formulação, a comprovação de hipóteses, o pensamento inferencial e
o pensamento divergente.
Os alunos são incentivados a
colocar em prática diversas capacidades de raciocínio: síntese, raciocínio
lógico, analogias e inferências, entre outras.
Essa técnica posiciona o aluno em
contato com uma situação real ou simulada. Real, quando o professor apresenta
acontecimentos e fatos já vivenciados,
e simulada quando o professor quer que o aluno aprenda determinados
conceitos, valores, criando situações para despertar a aprendizagem no aluno.
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Existem
duas opções para utilizá-la:
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1. Pode ser
usada após um estudo teórico, aplicando a sua prática;
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2. Pode ser
usada como uma introdução a uma aprendizagem, antes do estudo teórico, para
que seja motivador para que o aluno busque informações necessárias para
resolver o problema, entrando em contado com a teoria, através de
bibliografias previamente orientadas.
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Casos já estudados permitem revisões
do assunto e um fechamento da aprendizagem. Os casos não estudados permitem
que os alunos pesquisem e dão autonomia para o aprendizado.
Pode ser usada em pares ou em
pequenos grupos. No trabalho em pequenos grupos, os alunos recebem um caso
para analisar, leem esse caso em voz alta e, a seguir, discutem e listam as
principais perguntas e desenvolvem um processo de aprendizagem. O professor tem
papel de facilitador, durante a discussão do caso, em vez de exercer papel
mais diretivo.
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Como preparar essa técnica para alunos do PROEJA?
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·
Esclareça que esta técnica prepara o aluno para
enfrentar uma situação real, é uma preparação para futuras situações;
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·
Inicie essa técnica pela opção 1, que tem maior
facilidade de assimilação;
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·
Faça junto com os alunos uma análise diagnóstica
da situação, levando em conta as variáveis do componente;
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·
Deixe que os alunos se comuniquem para chegar a
solução, isso fará com que eles aprendam trabalhar em grupo;
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Como avaliar?
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Interesse;
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Autonomia do pensamento;
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Iniciativa;
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Coerência de informações para chegada da
solução.
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Feedback
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Após a conclusão chegada, faça uma
plenária, para visualizar o enriquecimento do grupo, os alunos perceberão que
o processo de solução foi variado, abrangendo a experiência de cada um.
Comente os pontos positivos e o que pode ser melhorado.
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Observação
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Descrever e avaliar um objeto
implica em olhar atentamente para ele, exige que nossa percepção seja sempre
aperfeiçoada.
Observar não é olhar. Existe
diferença fundamental entre olhar (perceber) e observar (pensar sobre a
presença do objeto). Apesar da necessidade de diferenciar “perceber” e “observar”,
não se pode negar que uma dimensão contém a outra. A percepção, como todo
objeto de natureza psíquica, acha-se configurada pela relação que o sujeito
estabelece com sua realidade, trazendo à tona questão da subjetividade.
Alguns autores sugerem que em vez
de dar uma tarefa aos alunos e medir como a resolvem, deveria se observar o
quanto de ajuda necessitam, dificuldades que encontram e como resolvem
determinadas situações conflituosas.
Nesse enfoque, o docente pode verificar
qual o desempenho cognitivo do educando e intervir de maneira formativa, orientando
os possíveis problemas encontrados e estimulando os processos efetivos de
resolução da tarefa.
A observação é a base de toda
avaliação formativa, que leva o professor à tomada de consciência da situação
em que o aluno está.
O propósito da observação é gerar
informações detalhadas e aprofundadas sobre o desempenho do educando, permitindo apreciar aspectos do desenvolvimento do
aluno que não seriam possíveis de captar em outros instrumentos.
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Como
preparar esta técnica para alunos do PROEJA?
É importante que sejam
utilizados instrumentos de registro: roteiro de observação, checklist, pauta,
diário de bordo e outros.
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Como
avaliar?
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Apresentou suas ideias, reflexões, experiências;
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Utiliza fontes diversas de informação e
consulta;
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Soube ouvir;
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Argumentou quando questionado;
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Defendeu suas próprias posições com coerência e
respeitosamente;
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Feedback
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Na observação é necessário tomar
muitos cuidados. O professor, como observador, deve ser prudente, evitar
generalizações e interpretações apressadas, ser imparcial, evitando emitir
juízos subjetivos, mantendo diálogo com o observado. Na verdade, os registros
da observação devem ser considerados provisórios, pois o aluno pode modificar
condutas ao longo do processo.
É preciso criar um ambiente de
confiança para a observação. É mais provável que as pessoas demonstrem seu
verdadeiro comportamento em um ambiente natural.
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Ao tomar conhecimento das
necessidades do aluno, sugira atividades individuais ou em grupo para
ajudá-lo a superar as dificuldades.
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