terça-feira, 9 de outubro de 2012

Técnica "Puxe Mais"


Puxe Mais oferece condições para que o aluno tenha um comportamento ATIVO

“A sequência do aprendizado não acaba com a resposta certa; premie respostas certas com mais perguntas, que estendem o conhecimento e testam a confiabilidade das respostas. Esta técnica é especialmente importante para trabalhar com alunos que tem ritmos diferentes de aprendizagem.”
Esta técnica gera dois benefícios principais: Primeiro, ao usar Puxe Mais para verificar se o entendimento pode ser repetido, você evita a falsa conclusão de que o aluno domina a matéria sem antes eliminar a possibilidade de que a resposta certa tenha sido resultado de sorte, coincidência ou conhecimento parcial. Em segundo lugar, quando os alunos de fato dominaram partes de uma ideia, o uso de Puxe Mais permite que você lhes ofereça maneiras estimulantes de avançar, aplicando seu conhecimento em novos cenários, pensando por si mesmos e raciocinando sobre questões mais difíceis. Isso os mantém engajados e envia para a classe a seguinte mensagem: o prêmio por bom desempenho é mais conhecimento.
Ás vezes, achamos que é preciso dividir os alunos em grupos para trabalhar os diferentes ritmos de aprendizagem, dando a eles atividades diversificadas, o que nos impõe gerenciar um ambiente de grande complexidade. Neste cenário, os alunos acabam tendo liberdade tanto de comentar o último episódio de Big Brother como de discutir o conteúdo das aulas com profundidade. Fazer perguntas frequentes, focadas e rigorosas, à medida que os alunos demonstram domínio da matéria, é uma ferramenta poderosa e muito mais simples para ensinar alunos com diferentes níveis de habilidade e ritmos de aprendizagem. Talhando as perguntas sob medida para certos alunos, você pode encontrar onde está a dificuldade de cada um e ajudá-lo a superá-la de maneira adequada ao nível que ele já dominou.

Pergunte como ou por quê. O melhor jeito de testar se os alunos conseguem responder corretamente de forma consistente é saber se eles são capazes de explicar como chegaram à resposta. Cada vez mais, as provas padronizadas fazem essas perguntas explicitamente – mais uma razão para você pedir aos seus alunos que pratiquem a narrativa de seu processo de raciocínio.

Professor
Rodrigo, qual a distância de São Paulo a Blumenau?
Rodrigo
600 Km.
Professor
Como você chegou a essa distância?
Rodrigo
Eu medi três centímetros no mapa e somei 200 mais 200 mais 200.
Professor
Como você sabe que deve usar 200 quilômetros para cada centímetro?
Rodrigo
Eu olhei na escala da legenda do mapa.
Professor
MB Rodrigo!!!

Peça uma variante da resposta. Com frequência, há múltiplas maneiras de responder uma pergunta. Quando um aluno resolve o problema de um jeito, é uma grande oportunidade para garantir que ele possa usar todas as estratégias disponíveis.

Professor
Avanir, tem algum jeito mais fácil de chegar a km encontrada por Rodrigo?
Avanir
Eu podia ter multiplicado 200 por 3.
Professor
Se você fizesse isso, qual seria o resultado?
Avanir
Seiscentos.
Professor
Muito bem. Esse é um jeito melhor.

Peça uma palavra melhor. Em geral, os alunos começam a entender um conceito usando a linguagem mais simples possível. Para reforçar o desenvolvimento do vocabulário, um objetivo crucial do letramento, é preciso oferecer aos alunos oportunidades para usar palavras mais específicas e também novas palavras, com as quais estão adquirindo familiaridade.

Professor
Ceres, Por que a Sofia gritou Janice?
Ceres
Gritou porque a água estava fria quando ela mergulhou.
Professor
Dá pra usar uma palavra diferente de fria, uma palavra que mostre quão fria a água estava?
Ceres
A Sofia gritou por que a água estava gelada.
Professor
Está bem, mas que tal usar uma das palavras do vocabulário que estamos aprendendo?
Ceres
A Sofia gritou por que a água estava ice.
Professor
Very Good Ceres!

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